A segunda parte deste estudo do CEA – Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa tem por objetivo analisar a evolução das empresas associadas da APSEI, enquadrada na primeira parte do estudo que incidiu sobre as empresas portuguesas do setor da Segurança.
De um universo de 319 empresas associadas da APSEI (exclui-se à partida qualquer NIF em nome individual), retiram-se cerca de 30 associados que identificamos como tendo atividades principais não ligadas à área de segurança (por exemplo, a Vodafone ou o ISCTE, que são associados da APSEI, foram retirados da amostra). Depois, retiraram—se cerca de 40 empresas criadas recentemente, para as quais não dispomos de dados financeiros para uma análise em série temporal de, pelo menos, 3 anos.
Ficaram perto de 230 empresas, para as quais dispomos de dados financeiros do período em análise para 194 empresas, numa amostra amplamente representativa (mais de 80%) do universo de associadas relacionadas diretamente com o setor da segurança.
A amostra considerada nesta 2ª parte do estudo é uma subamostra da utlizada na 1ª parte.
Analisou-se um grupo de 194 empresas, tendo em consideração os principais aspetos quantitativos e qualitativos que caracterizam este grupo, com base em dados existentes para os 4 anos do horizonte temporal 2014-2017. Esta análise exclui, portanto, empresas que tenham sido extintas neste período, bem como novas empresas constituídas após 2016.
A principal fonte de informação foi também a central de balanços do CEA e a recolha de dados através de inquéritos e entrevistas telefónicas ou presenciais, efetuadas às empresas relevantes do setor, conforme indicação da APSEI.
Adicionalmente, recorreu-se a outros tipos de bases de dados de acesso público, nomeadamente, Informação Empresarial Simplificada, INE, Quadros dos Sectores do Banco de Portugal e Eurostat.
A principal conclusão desta segunda parte do estudo é que subamostra de empresas associadas da APSEI, aqui analisadas, deverão representar empresas mais a montante na cadeia de valor, do que a média do setor.
Assim sendo, as conclusões aqui patentes deverão ter em conta que estaremos a falar de realidades empresariais algo distintas, sem que isso implique um juízo qualitativo sobre estas empresas serem melhores ou priores que a média do setor.