Nota-se que as vendas estão em crescimento constante desde 2014, para um valor em 2017 de 5.7 milhões de euros.
– Há pouca diferença entre o comportamento das vendas das associadas da APSEI para o verificado no setor, com diferenças de algum relevo em 2016 e 2017.
– A conclusão referida na 1ª parte, suportada pelos resultados dos inquéritos e das entrevistas, é que a tendência de crescimento mantém-se para 2018 e 2019.
– Nota-se em 2016 e 2017 um acelerar de vendas do setor que os associados não acompanham com a mesma velocidade.
A rentabilidade operacional destas empresas aumentou entre 2014 e 2016 tendo registado um declínio em 2017, ao contrário do que se verificou no setor, com valores crescentes nos quatro anos analisados.
– Das conclusões retiradas na parte 1 para o setor, podemos ter, entre os associados, uma certa inversão de efeitos.
– As empresas mais competitivas no setor, parecem estar fora da amostra dos associados.
– O comportamento descrito em algumas entrevistas de que haveria uma subida de preços no setor deixou de ser notório para a generalidade dos associados, apesar de se manterem as conclusões relativas à contenção de custos.
– Há ainda um certo exagero estatístico por construção do indicador, que vê numerador descer e denominador subir, inflacionando um pouco as conclusões.
(Estas variações sobre variações geralmente também se explicam com outliers, sendo que procurámos verificar se esse seria o caso e não encontramos grande evidência desse fenómeno.)
Os resultados líquidos acompanham a tendência observada nos resultados operacionais, já que os custos de financiamento se têm mantido estáveis.
– As empresas associadas da APSEI apresentam custos de financiamento bastante inferiores ao setor, o que se deve a um nível de
endividamento também bastante inferior ao setor.
Paralelamente, a liquidez dos associados tal como no setor, manteve-se em valores confortáveis.
– As conclusões relativas a uma boa gestão de tesouraria mantêm-se aqui, sendo que se nota que os associados aparentam uma maio estabilidade que a generalidade do setor.
• Estes fenómenos são geralmente explicados por uma maior capacidade negocial junto de fornecedores.
Também aqui, o número médio de trabalhadores das empresas associadas aumentou consistentemente ao longo do período em análise.
– O número de trabalhadores médio no ano de 2017 aumenta de facto consideravelmente, pelo que se pode dizer que os associados contribuíram ainda mais favoravelmente para o crescimento do emprego.
• Verifica-se, no entanto, que, ao contrário do setor, o aumento do número destes trabalhadores reflete alguma perda de produtividade, porque, em comparação com o setor, com ganhos de empregos ligeiramente menores, os aumentos de venda são significativamente menores. Como consequência entre os associados parece haver uma perda de produtividade de alguma preocupação. (entre 2014 e 2017, aumento de vendas do setor 14%, dos associados 8%; aumento de emprego do setor 11%, dos associados 15%)
• Este desenvolvimento continua coerente com a recuperação recente da Economia Portuguesa e com o efeito de arrasto que a retoma do setor da construção tenha representado, mas, entre os associados, parece haver alguma evidência de que a crise os terá afetado menos, mas a retoma está a ser também ela mais pesada em termos de crescimento de vendas, de produtividade e de rentabilidade.